domingo, 14 de junho de 2009

Perdoar: um ato possível somente em Cristo.

Nesses dias de grande desumanidade proponho uma reflexão a respeito do perdão. O parâmetro que temos para perdoar é Cristo. A Bíblia nos ordena a perdoar como Deus em Cristo nos perdoou.

Duas idéias são marcantes na maneira em que Deus nos perdoa:

1– A iniciativa do perdão é sempre do ofendido, jamais do ofensor.

Nunca espere que o seu ofensor venha lhe pedir perdão. Em nossa relação com Deus foi isso que aconteceu. Ele foi o ofendido e foi Ele que tomou a iniciativa de perdoar, não fomos nós, os ofensores que O procuramos para regularizar a situação. O que a Bíblia nos ensina é: se ao levar tua oferta te lembrares...; se teu irmão pecar contra ti... vá até ele. A iniciativa do perdão é sempre sua.

2– O perdão é um ato voluntário de quem foi ofendido e ocorre independente do pedido do ofensor.

É um erro esperarmos pelo pedido de perdão para perdoarmos. Como Cristo fez conosco, devemos agir com aqueles que nos ofendem, perdoamos porque sabemos que isso é necessário e não porque alguém “pediu” para perdoarmos.

Assim fazem os discípulos de Jesus.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

AS RELAÇÕES RACIAIS NA IGREJA - EXISTE OU NÃO PRECONCEITO NA IGREJA: Tiago 2. 1 - 13

Introdução:
1) O preconceito a brasileira.
O texto de Tiago é uma reprovação severa ao preconceito dentro da Igreja. Esta reprovação se faz necessária porque nossa cultura, como disse Florestan Fernandes “ tem preconceito do preconceito” . Raramente admitimos que temos preconceito, isto porque no Brasil, oficialmente não temos racismo ou preconceito.
O grande problema do preconceito a brasileira é a diversidade como ele se apresenta. O racismo americano é absoluto - preto / branco, enquanto que o brasileiro não é. A conseqüência disso, segundo o antropólogo Roberto da Mata “é a dificuldade de combater o nosso preconceito, que em certo sentido tem, pelo fato de ser variável, enorme e vantajosa invisibilidade” .
2) As raízes do preconceito a brasileira.
A origem do preconceito brasileiro remonta ao nosso início como povo. Nas palavras de Roberto da Mata; “ Temos um triângulo racial que impede uma visão histórica e social da nossa formação como sociedade. É que quando acreditamos que o Brasil foi feito de Negros, Índios e Brancos, estamos aceitando sem muita crítica a idéia de que esses contingentes humanos se encontraram de modo espontâneo, numa espécie de carnaval social e biológico. Mas nada disso é verdade. O fato contundente de nossa história é que somos um país feito por portugueses brancos e aristocratas, uma sociedade hierarquizada e que foi formada dentro de um quadro rígido de valores discriminatórios. Os portugueses já tinham uma legislação discriminatória contra os judeus, mouros e negros muito antes de terem chegado ao Brasil; e quando aqui chegaram apenas ampliaram estas formas de preconceito .
A mistura de raças foi um modo de esconder a profunda injustiça social contra os negros, índios e mulatos, pois situando no biológico uma questão profundamente social, econômica e política, deixava-se de lado a problemática mais básica da sociedade. De fato é mais fácil dizer que o Brasil foi formado por um triângulo de raças, o que nos conduz ao mito da democracia racial, do que assumir que somos uma sociedade hierarquizada, que opera por meio de gradações e que, por isso mesmo, pode admitir, entre o branco superior e o negro, pobre e inferior, uma série de critérios de classificação. Assim podemos situar as pessoas pela cor de sua pele ou pelo dinheiro; pelo poder que detêm ou pela feiúra de seus rostos; por pais e nomes de família, ou por sua conta bancária. As possibilidades são ilimitadas, e isso apenas nos diz de um sistema com enorme e até agora inabalável confiança no credo segundo o qual, dentro dele cada um sabe muito bem o seu lugar.
3) Os males do preconceito.
O preconceito e a discriminação provocam males tanto nas vítimas como nos autores deste mal. A discriminação não só frustra as aspirações de suas vítimas como produz amargura e hostilidade. Porque lhes é negado o sentido real de dignidade, de segurança, que é um sentimento resultado de ser aceito no mesmo nível de igualdade e importância com as demais pessoas da sociedade.
As vítimas do preconceito desenvolvem sentimentos de inferioridade e de humilhação, porque passam a acreditar que são parte inferior , o que provoca uma inibição de suas potencialidade. Ouvindo dizer continuamente que são inferiores as pessoas formam uma auto-imagem muito semelhante à aquela que lhe é atribuída. Muitas vezes esta situação os conduz a um ódio de si mesmo. Talvez o grande prejuízo do preconceito esteja na postura anti-social que ele desenvolve nas pessoas discriminadas. Seja qual for o caso, os sentimentos de inferioridade e humilhação comprometem as aspirações da pessoa, a sua capacidade de aprender, de se relacionar.
Por todos estes fatos, os males sociais decorrentes do preconceito rebaixam o nível de bem-estar da comunidade como um todo.
4) A Igreja de Cristo não pode fazer acepção de pessoas.
Quando me refiro à palavra preconceito, não quero me referir somente ao preconceito racial, a este e também ao preconceito social, classial.
A Igreja de Cristo não pode fazer acepção de pessoas porque isto não é da vontade do Senhor. Vivemos uma realidade, dura e cruel, porque os casos de favoritismo, de separação por níveis culturais, raciais, sociais e econômicos são patentes. E a igreja deve ser um padrão, um ponto de diferênciamento dentro da sociedade.
Quero oferecer três razões porque o preconceito deve estar fora da realidade, da vivência da Igreja:
I - O PRECONCEITO FERE O PRINCÍPIO DA UNIDADE DA FÉ (v. 1).
A- A igreja está edificada sobre um único Senhor
A igreja está edificada sobre a fé em Cristo como Senhor daqueles que se unem nesta fé comum, é convocada a ser, pela própria natureza, “ uma comunidade inclusiva e integradora “. Como disse Paulo ao escrever às igrejas da Galácia: “ Todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Dessarte não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” ( Gal 3. 27 - 28 ). A convicção do Novo Testamento é que Cristo veio trazer salvação, e essa salvação deve significar, por um lado reconciliação com Deus e por outro, reconciliação entre os homens.
A fé não distingue quem somos, o que somos, ela nos faz um em Cristo, que nos fez povo de Deus, criados a sua imagem, e isto nos torna iguais.
B- A igreja está fundamentada numa unidade essencial.
Essa nova unidade descoberta em Cristo, não é simplesmente espiritual; manifesta-se na vida comum da igreja. Devido a luta de homens como Paulo, Estevão, Pedro a igreja chegou a reconhecer o seu caráter supra-racial e supra-nacional.
O cristão descobre assim que Deus age na coletividade para dar origem a uma comunidade nova e inclusiva. É esse o propósito de Deus na criação, e aparece também nos seus julgamentos e continua a ser o seu objetivo na revelação do seu amor em Cristo, a unidade de seu povo, a formação de um povo .
II - O PRECONCEITO FERE O PRINCÍPIO DA GRAÇA (v . 2 - 5).
A- Cristo oferece salvação a todo o pecador sem distinção de cor, raça e posição social.
Como redentor Deus, oferece perdão a homens indignos de seu amor . O reino de Deus como declara Liston Pope, é “reino que supera castas.” Como redentor, Deus está formando uma comunidade universal que transcende as comunidades menores de família, classe, raça e nação; Os homens são chamados a agir juntos com Ele no sentido de que sua vontade seja cumprida.
B- A Graça me constrange a amar.
Em resposta à ação do redentor, cujo amor se nos apresenta como atributo dEle e como dádiva sua , o amor ao próximo deve ser aceito como exigência imposta por Ele ao homem.
A primeira resposta do cristão ao amor e perdão de Deus é portanto, humilde aceitação desse amor e desse perdão. Visto estar certo de que sua salvação, sua experiência do amor e da companhia de Deus, é completamente destituída de mérito, não lhe é permitido julgar o próximo e considerar-se mais justo do que ele. Pelo contrário o cristão é convocado, em humildade a confessar seu próprio pecado, seus atos maldosos e individuais, sua indiferença para com o próximo e a pobreza do seu amor. Deus nos chama para expressar em nossa relações com o próximo o amor que recebemos d’Ele. O cristão consciente do amor perdoador de Deus, sentir-se a livre para dedicar -se, daí por diante, ao bem do próximo, sem temer qualquer obstáculo.
III - O PRECONCEITO FERE O PRINCÍPIO DO AMOR ( V. 6 - 13 )
A- A maneira de Jesus amar é o nosso modelo.
Notamos que Jesus praticou e ensinou um amor que devia abranger a todos sem distinção de raça ou reputação. O Jesus que lemos nos evangelhos sempre tratou cada indivíduo como pessoa de dignidade, visto que considerava cada um como que necessitando de ser amado. Ele se misturava com publicanos e pecadores. Foi denunciado por fariseus por comer com publicanos. Curou o servo do centurião romano e se maravilhou da fé por ele demonstrada. E de maneira surpreendente e intencional, quando quis tornar claro o sentido do amor ao próximo , contou a história de um desprezível samaritano.
O reconhecimento da dignidade e da igualdade sempre foi parte do testemunho do cristianismo.
O ponto de partida para a compreensão dos relacionamentos entre as raças é a convicção de que Deus criou a todos os homens e que eles partilham do seu amor. Deus criou os homens para habitarem com ele como uma família, isto significa que o homem deve amar seu semelhante e reconhecer a sua responsabilidade e privilégio no estabelecimento de companheirismo e comunhão entre os filhos de Deus. Isto traz ao cristão a responsabilidade de ir ao encontro do próximo em suas necessidades, agindo de modo a ministrar às suas dificuldades de aceitação e consideração no plano da igualdade e dignidade, a criar as relações de companheirismo e de serviço mútuo, a favorecer a justiça na vida social a libertá-lo do reino da humilhação .
B- O amor cristão é movido em direção ao ser e não ao ter.
O combustível do amor cristão é a percepção da necessidade de receber amor que o meu semelhante tem. Essa sensibilidade, mobiliza meu coração transformado a amar aquela pessoa e querer o seu bem-estar, independente de sua posição social, racial ou econômica.
O amor cristão não anda por meio de interesse$ , porque não busca satisfazer seus próprios desejos, ( 1 Cor 13.5 ) , antes ele é altruísta.
Conclusão: A- O preço do preconceito
1) É pecado v.9
A palavra transgressor, quer dizer alguém que ultrapassa uma fronteira, que age continuamente contra uma lei conhecida, indica também alguém que se desvia do caminho. Tiago faz uso do conceito rabínico de que pecar é transgredir a lei. É como se a lei fosse uma corrente, seus elos permanecem juntos ou caem todos, e o conjunto depende de cada elo individual, assim se um dos elos forem quebrados, a lei inteira será quebrada.
2) Cria divisão
R.N. Champlin dia que este verbo literalmente significa fazer distinção, mas aqui em sentido moral, significa exercer duplicidade mental. O verbo tem numerosos significados, mas aqui parece que o melhor seria “ fazer distinção entre “.
3) Haverá julgamento para o preconceituos
Se tratamos sem misericórdia as pessoas, com discriminação, com favoritismo, devemos saber que haverá um juízo, e ele será sem misericórdia. ( Mar 4.24 ). Falar e proceder andam juntos. ( Col 3.17 ).
B- A tarefa da igreja na área do preconceito
1) Têm a responsabilidade de tornar clara a relevância da fé cristã para as questões de interesse social, em geral, e para as relações intergrupos em especial.
A igreja deve procurar a fé para qual foi chamada como testemunha e deve ser fiel na proclamação e interpretação desta fé ao mundo. Não basta falar vagamente da paternidade de Deus, da fraternidade do homem, do amor ao próximo. A significação destas coisas para as atuais áreas econômicas, educacional, política e religiosa deve ser honestamente enfrentada, pois é aqui que o próximo deve ser amado.
2) A igreja precisa interpretar sua própria missão perante o mundo.
A não ser que a compreensão do ministério profético, bem como do seu ministério sacerdotal fiquem bem claro, muitos cristãos continuarão a supor que a igreja não deve se envolver com os problemas de ordem social e muitos outros continuarão a pensar que ela deve endossar normas e padrões da cultura, como expressivos das formas e ideais do evangelho para estas áreas.
3) A igreja tem a responsabilidade de manifestar em sua própria vida a unidade e a fraternidade que proclama.
É clara a violação da natureza da igreja como comunidade supra-racial dos que compartilham uma fé comum em Cristo. Neste sentido a responsabilidade primária da igreja nas relações raciais é “ser a igreja”. Isto significa que cada igreja deve ser racialmente inclusiva no sentido de aceitar pessoas de todos os grupos raciais.
4) A igreja tem a responsabilidade de trabalhar para a implantação da justiça na totalidade da ordem social.
Deve ela não somente tentar a transformação dos relacionamentos pessoais por uma ampla dose de boa vontade e agape, mas deve também , movida pelo mesmo amor, buscar a mudança e reconstrução das estruturas institucionais pelas quais as necessidades dos homens são atendidas ou não. Além disso ela deve tornar claro o caráter dinâmico da relação entre ética pessoal e justiça social. Não são apenas as pessoas transformadas que influem na qualidade moral da vida institucional da sociedade, mas a qualidade moral das instituições influi no desenvolvimento ético e espiritual dos indivíduos que fazem parte dessas instituições.
Reconhecer a necessidade de trabalhar para a implantação da justiça na ordem social, bem como para a transformação das relações pessoais implica a necessidade de atacar os muitos problemas que emergem do preconceito e da discriminação raciais no emprego, nos direitos civis, na educação. Isso implica a obrigatoriedade de ação no sentido de eliminar a discriminação e erradicar o preconceito.
Isso significa que as semelhanças entre os homens são muito maiores que as diferenças.
Que Deus nos abençoe e nos ajude a não sermos preconceituosos!
Pr. Antônio Rodrigues Siqueira.

sábado, 30 de maio de 2009

Conflitos conjugais: um empecilho ou um empurrão para o desenvolvimento da unidade no casamento?

Introdução:
É impossível viver e não ter conflito com alguém, todos nós em algum momento já tivemos um conflito, e no casamento isso não é diferente. Devido a todos aquelas diferenças que trazemos para o casamento (lição anterior), o nosso casamento é passível de conflitos.
Em geral os conflitos têm sua origem em ações e atitudes, comportamentos cujo objetivo é agradar a si mesmo. A nossa postura egoísta é a causa primária de das tensões em nossos relacionamentos interpessoais, e eles só poderão ser resolvidos quando forem tratados biblicamente.
Todo conflito é na verdade uma grande oportunidade para o crescimento da unidade. Por mais antagônico que pareça, os conflitos são geradores de crescimento, pois ao serem tratados, criamos um ambiente seguro para o desenvolvimento do amor bíblico. O amor bíblico é maduro e consistente.
1- Conflitos surgem quando perdemos a capacidade de vivermos pelo outro.
O estilo de vida de muitos casais em nossos dias favorece a existência de conflitos no casamento. O excesso de individualismo é o grande colaborador para esse estado de coisas.

Muitos casamentos podem ser ilustrados assim; marido e esposa estão em rota de colisão quanto aos seus objetivos, metas, propósitos na vida.
Um dos mandamentos que mais se repetem no NT é o da mutualidade, “uns aos outros”, a lista de verbos associados a esta frase é muito extensa, mas podemos citar: amar, perdoar, suportar, consolar, confessar... o objetivo destes mandamentos é nos ensinar que vivemos para o outro. A perda deste conceito tem destruído a relação interpessoal em nossos dias.
2- Conflitos não podem ser resolvidos, a não ser que se deixe de lado os propósitos e a satisfação pessoal.
Quando tentamos resolver os conflitos ao nosso jeito geralmente criamos mais crise. Geralmente a maneira humana de resolver os conflitos não leva em conta dois princípios da Escritura: o principio da humildade, pelo qual segundo Paulo, devemos considerar o próximo como superior a nós não tendo em vista o que é seu, mas o que é dos outros, (Filipenses 3-4).
Outro princípio de Paulo que deve ser considerado por nós encontra-se em I Coríntios 6:7. Numa igreja repleta de divisões e cheia de contendas, as demandas (conflitos) entre os irmãos eram freqüentes, diante disso o que Paulo orienta é que os irmãos abrissem mão de seus direitos em prol do outro. “Porque não sofreis a injustiça? Porque não sofreis antes o dano?”
3- Em momentos de conflitos temos a oportunidade de crescer diante de Deus
Deus tem interesse que os conflitos sejam resolvidos, e que haja crescimento e as pessoas envolvidas amadureçam e passem a agradá-lo no relacionamento conjugal.
Quando marido e esposa, abandonam seus próprios interesses e caminham em direção ao Senhor, a medida que cada um, individualmente, desenvolve sua relação com Deus, eles se aproximam um do outro. A Bíblia é muito clara em nos ensinar que a nossa relação com o nosso semelhante é profundamente influenciada pela maneira como estou me relacionando com Deus.
Nos momentos de conflitos, se os cônjuges buscarem ao Senhor, individualmente e conjuntamente, eles irão crescer e amadurecer e seu relacionamento será dinamizado. Se um dos cônjuges se recusa a aproximar de Deus, seja por dureza de coração ou por ter um coração inconverso, aprendemos que o santo santificará o impuro. (1 Coríntios 7.16).
Para nossa reflexão:
Como temos resolvido os nossos conflitos conjugais? À moda de Deus ou dos homens?
Como você reage aos momentos de conflitos?





O PAPEL E A RESPONSABILIDADE DO ESTUDANTE NA CONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE FUTURA.

Auguste Comte, Filósofo francês que viveu entre 1798 e 1857, foi o criador de uma corrente de pensamento denominada de positivismo. Comte pensava que a historia da humanidade era determinada pelo avanço do conhecimento. Para ele, o auge da evolução humana se daria naquilo em que ele chamou de estado positivo, quando a sociedade seria governada pela ciência. Para os positivistas a ciência por si só resolve os problemas do mundo. Esta idéia está presente nos filmes de ficção científica que apresentam um mundo com uma evolução tecnológica tão grande que os males que hoje afligem a humanidade já foram resolvidos.
O pensamento de Comte está equivocado em alguns pontos cruciais. Quando ele afirma que a ciência por si só resolve os problemas ele está excluindo a necessidade de reformas nas estruturas da sociedade, como parte integrante do processo de transformação da humanidade, de certa forma ele também anula a maldade inerente ao caráter do homem, que o avanço tecnológico não é capaz de “curar”. Por fim seu pensamento é incoerente porque a mesma ciência que evolui para curar é também a ciência que cria a bomba atômica.
Este é apenas um pensamento filosófico que busca compreender a humanidade e sua odisséia pela vida. Poderíamos gastar o dia todo citando pensadores, Marx e o comunismo anti capitalismo, o renascentismo, em que o movimento intelectual e cultural foi intenso, renascendo o homem, com novas idéias, uma nova visão da política, da ciência, da moral, das artes e da religião.
Na verdade sabemos que o ser humano sempre quis ter o domínio do futuro. Entender o que ainda está por vir é a maneira mais segura de prevenir e criar possibilidades para sobreviver ao desconhecido. Do futuro a única coisa que sabemos é que talvez ele aconteça para nós. Mas pensando na possibilidade de que ele venha a acontecer para nós, qual é a nossa responsabilidade para com ele. Qual é o nosso papel para com a sociedade que viverá nos próximos anos?
Creio que devamos seguir alguns passos para compreender a relevância deste tema para nós:
Primeiro devo me conscientizar que querendo ou não, eu tenho uma responsabilidade com a sociedade futura. Exatamente aqui temos mais uma discordância com Comte, a ciência não é a única responsável pelo desenvolvimento da raça humana. O próprio homem tem uma responsabilidade com o seu futuro. O tipo de individuo que eu projeto a partir de mim mesmo é o ideal de sociedade que eu estou projetando para o futuro. Vejo muitos jovens despreocupados com o futuro de nossa sociedade, como se eles não fossem participar dessa sociedade nos próximos anos, e mais com se eles não tivessem nenhuma responsabilidade nessa sociedade futura. Porque pensar em política, filosofia, educação e outros temas mais, isso não faz parte da minha vida, não tenho nada a ver com isso. A pergunta é: quem serão aqueles que governarão no futuro, ou viveremos uma anarquia, teremos um país sem instituições legalmente constituídas?
Segundo, devo me conscientizar de que existe um lei natural em que tudo é transitório, portanto o que hoje está sob cuidado de meus pais amanhã está sob meus cuidados. Muitos homens que hoje vivem na miséria, estão porque não se enquadraram nesta lei natural. Nunca imaginaram que um dia teriam que administrar os bens da família, por isso nunca se preocuparam em se prepararem para isso. Fracassaram por nunca acreditaram que um dia aquela responsabilidade estaria em suas mãos. A sociedade futura é o legado que receberemos de nossos pais. Mantê-la em ordem e aprimorá-la é nossa tarefa. Quando conhecemos o esforço e a dedicação empregada por nossos antepassados para construir a sociedade que vivemos hoje, compreendemos melhor o nosso papel na preservação deste legado. Temo que ao ferir essa lei natural, a sociedade que vivemos hoje, que não é perfeita e que com certeza precisa de aprimoramento, se tornará pior, pois ao invés de dar continuidade, iremos interromper o processo de desenvolvimento alcançado até aqui.
Terceiro, devo me conscientizar de que vivemos em uma sociedade melhor do que os nossos pais viveram. Apesar do vivemos em nossos dias, com falta de acesso a trabalho, saúde, educação, no âmbito geral estamos melhores que algum tempo atrás. Temos algumas vantagens e facilidades que nossos avós jamais imaginavam que poderiam existir. Computador, Internet, comunicação instantânea, são algumas das vantagens que temos. Com a decifragem do DNA, alguns males que afetam o homem tem sido dominado, a medicina evolui de uma forma tão maravilhosa, que quando nossos avós podiam imaginar em transplante de coração, rins, fígado, até de rosto.
Quem ousou sonhar com essa sociedade mais evoluída de hoje? Pessoas que entenderam o seu papel de responsabilidade com o futuro. Homens e mulheres que compreenderam seu papel de dar continuidade ao desenvolvimento da sociedade em que viviam. Não fugiram, de maneira egoísta, ao compromisso com a humanidade. O risco que corremos como humanidade é o de pensarmos tanto em nós mesmos e esquecermos que somos uma raça coletiva, onde não se pode viver individualmente. De certa maneira somos co-responsáveis pela existência e bem estar do nosso semelhante. O mal que pode acabar com a existência da raça humana é o individualismo. O individualismo propõe que cada um construa seu universo, seu modo de viver e exista isolado dos demais.
Em síntese, o nosso papel como estudantes na construção da sociedade futura passa pelo reconhecimento da nossa responsabilidade de dar continuidade ao progresso alcançado até agora. Me eximir dessa responsabilidade coloca em risco o futuro da sociedade. Devemos pensar em alguns fatos antes de concluirmos:
* O futuro só é possível e real se existir pessoas comprometidas em plantá-lo, agora no presente.
* Se nós não assumirmos o nosso papel não existirá uma sociedade futura;
* Ao criar o homem uma das características que Deus nos concedeu foi a de fazer perpetuar a obra criada. Através de planejamento, administração, conhecimento, gerenciamento o homem pode construir um futuro melhor. Isso é característica de Deus no homem – o senso de preservação.

Vantagens e desvantagens do ciúme no relacionamento conjugal

1- O que é ciúme?

Ciúme pode ser compreendido como bom ou ruim. O princípio que governa essa palavra no seu significado é que (zhloi) tem um sentido bom e um mal. É um termo médio, refere-se a uma atitude humana que pode ser simples ou nobre

Quando visto do seu lado bom, ciúme e conhecido na Bíblia como:

Ø Zelo. ( Fp 3.6)

Ø Caloroso afeto. (2 Co 7.7)

Ø Dedicação. (Rm 10.2)

Ø Devoção. (2 Co 7.11)

No seu bom sentido ciúmes é usado em referência a:

Ø Deus: (Is 5.17) – Aqui o zelo de Deus é a sua firme resolução de levar a efeito os seus propósitos em relação ao seu povo.

Ø Homens: (Sl 69.9) – Este zelo é a paixão por Deus que consome e estimula o homem.

Quando visto do lado mau, o ciúme é conhecido na Bíblia como sendo:

Ø Inveja e ciúmes – que destroem os relacionamentos pessoais e a felicidade individual (Jó 5.2).

Ø O ciúme e a ira encurtam a vida, e a ansiedade provoca a velhice precoce. Ciúme pode ser uma coisa maligna, que arruína a vida.

2- Aplicações práticas do assunto:

Ø Ciúme é inveja envelhecida.

Ø Nós poderíamos definir o ciúme aqui como “ uma tristeza ou mágoa da nossa parte devido o sucesso dos outros.” O ciúme provoca em mim dor, sofrimento quando uma outra pessoa está feliz.

Ø O ciúme é incompatível com o amor por uma boa razão:

i. O amor busca o benefício e o bem-estar (edificação) dos outros, tanto que ele está disposto a fazer um sacrifício pessoal para que este bem-estar aconteça. Contribuir para a prosperidade de alguém é o que o amor precisamente deseja.

ii. Ao contrario do amor o ciúme prefere prosperar à custa dos outros, o ciúme é conseqüência da ausência de amor.

Ø Mas Deus é zeloso, ciumento? Porque o cristão não pode ser ciumento se Deus é um Deus ciumento? Existe uma grande diferença entre o nosso ciúme e o ciúme de Deus. Deus tem ciúme daquilo que pertence a Ele. Nós temos ciúmes daquilo que pertence a outra pessoa, que não é nosso. Deus tem ciúmes daquilo que Ele possui, nós temos ciúmes do que a outra pessoa possui.

Ø Conjunto de emoções[1]

Ciúme é uma reação complexa porque envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos:

  • Emoções - dor, raiva, tristeza, inveja,medo, depressão e humilhação;
  • Pensamentos - ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
  • Reações físicas - taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
  • Comportamentos - questionamento constante , busca frenética de confirmações e ações agressivas, mesmo violentas.

Ciúme e flerte (Haynes King)

Ø Ciúme como mero sentimento

O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio e a raiva. Nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida, diferem apenas suas razões e as emoções que sentimos. Como todo sentimento, tem seu lado positivo e seu lado negativo.

Ø O lado positivo: protege o amor

Nos relacionamentos onde os sentimentos de ciúme são moderados e ocasionais, ele lembra ao casal que um não deve considerar o outro como definitivamente conquistado. Pode encorajar casais a fazer com que se apreciem mutuamente e façam um esforço consciente para assegurar que o parceiro se sinta valorizado. Ciúme potencializa as emoções, fazendo o amor se sentir mais forte e o sexo mais apaixonado. Em doses pequenas e manejáveis, ciúme pode ser um estímulo positivo num relacionamento. Mas quando é intenso ou irracional, a história é bem diferente.

Ø O lado negativo: prejudica o amor

Às vezes sentimentos de ciúme podem ficar desproporcionais.

Quando isso acontece pode afetar gravemente uma relação, levando o outro parceiro a sentir-se constantemente pisando em ovos para evitar uma crise de ciúme. O parceiro ciumento, muitas vezes ciente de seu problema, oscila entre sentimentos de culpa e auto-justificação.

A VALORIZAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

LLoyd-Jones, em 1959, numa série de pregações feitas na capela de Westminster, por ocasião do centenário do grande avivamento britânico, já denunciava a necessidade de valorizar a Palavra de Deus. “...a autoridade da Bíblia não é mais reconhecida. No passado as pessoas reconheciam a Bíblia como sendo a Palavra de Deus... a Bíblia é considerado um livro comum, que deve ser tratado como qualquer outro livro” (LLOYD-JONES, 1992. p 18). Restaurar a centralidade da Palavra de Deus é um ponto central no movimento da reforma iniciado por Matinho Lutero e acredito deva ser o nosso também.

Como podemos alcançar ou restabelecer a valorização da Palavra de Deus

1- Compromisso com a autenticidade da Palavra de Deus.

Negligenciar a autenticidade da palavra de Deus é o primeiro e decisivo passo rumo a queda. Negar a autenticidade da palavra de Deus é negar sua autoridade. Infelizmente este é o contexto que se desenha nos dias de hoje.

2- Compromisso com a aplicabilidade da Palavra de Deus

Nosso comprometimento com a Palavra de Deus requer de nós a pregação de um evangelho que esteja a altura da compreensão da humanidade. Além, disso precisamos batalhar pela centralidade da Palavra de Deus.

Liderança para uma nova era


O contexto da liderança hoje

Dizem que o maior cego é aquele que não quer enxergar. Eu diria que o maior cego é aquele que vê só o que lhe interessa. Uma liderança que não conhece a realidade e o contexto que em que está inserida é no mínimo uma liderança despreparada para exercer suas funções no mundo de hoje.

Ao conhecer tais influências compreenderemos melhor o comportamento de nossos liderados.

a- Pós-Modernismo

· Mudança constante

· Impessoalidade

· A era do descartável

· Heranças do pós-modernismo

1- secularismo

2- consumismo

3-pluralismo religioso

4-misticismo

5-relativismo

b- Pós-Cristianização

· Síndrome do dia seguinte

· Frustração religiosa

1- descomprometimento:

2- esvaziamento:

3- relaxamento:

4- frustração com Deus:

· Nova visão sobre conceitos antigos

1- pecado:

2- santidade:

3- salvação:

Para reflexão:

Não faças dos empecilhos uma desculpa. Transforme-os em desafios.

QUALIFICAÇÕES DE UM LÍDER

1- SERVO

· Uperetes

· Diákonos

· “É quando se obedece a Deus e serve aos outros que líder encontra seu maior poder” M. Yossef. ( Princípios da liderança de Jesus )

2- DISCIPLINA

· Tempo

· Cuidado corporal

· Ensináveis

3- VISIONÁRIO

· “O pessimista vê em cada oportunidade um obstáculo; O otimista vê em cada obstáculo uma oportunidade” .

4- CORAJOSO

5- CHEIO DO ESPÍRITO SANTO

6- CHEIO DE SABEDORIA

7- PACIÊNCIA

8- DIPLMÁTICO

· Diplomacia x Hipocrisia

9- BEM-HUMORADO

10- INSPIRADOR

· Capacidade de envolver as pessoas num processo de crescimento

· Capacidade de identificar e estimular novos líderes

11- FIDELIDADE

· Submissão ao Pastor

· Compromisso com Deus

TAREFAS DE UM LÍDER

1- ORAÇÃO

2- ESTUDOS E PREGAÇAO DA PALAVRA

· HERESIAS: Grandes heresias começam com pequenas distorções.

· EXPERIMENTALISMO

· SUPERFICIALIDADE

3- CONDUZIR NA RETIDÃO

· Exortar

· Corrigir

· Repreender

· Disciplinar

4- ZELAR PELA IGREJA ( Hb 13:7 )

5- FORMAR VIDAS ( 2 Tm 2:2 )

6- PASTOREAR ( 1 Pe 5:1 - 4 )

Quem sou eu

Minha foto
Uma pessoa apaixonada pelo saber...